Jornal do CRP / 06 / Duas chapas disputam eleição no CRP
View/ Open
Área
COMUNICAÇÃO SOCIALProcesso
Processos de ComunicaçãoDate
1983-05Author
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - 6ª Região
Metadata
Show full item recordAbstract
EDITORIAL
Os psicólogos e o CRP
A categoria dos psicólogos está
completando, este ano, a sua maioridade.
Há 21 anos foi promulgada a lei
que estabelecia a profissão do psicólogo.
Durante este período, a sociedade
brasileira sofreu profundas transformações
de ordem social, política e cultural.
Também a categoria dos psicólogos
transformou-se: já não temos hoje
o mesmo perfil dos profissionais de até
uma década atrás.
Entretanto, as leis que regulamentam
o exercício da profissão não passaram
por iguais transformações. A mesma
Lei 4.119 de 27 de agosto de 1962
permanece em vigor, sem alterações.
0 mesmo currículo básico permanece
sendo lecionado nas faculdades de Psicologia.
O Código de Ética Profissional
demonstra-se visivelmente ultrapassado,
apesar de sua última versão ser de
1979. Estas Leis, Códigos e regulamentações
da profissão dependem dos
Conselhos Federal e Regionais para serem
alterados.
Os Conselhos de Psicologia foram
criados em 1971. Desde então, vêm
sendo dirigidos, pelas sucessivas gestões
que por eles passaram, com a função
de "orientar, disciplinar e fiscalizar
o exercício profissional". Ou seja,
compete aos Conselhos agir no sentido
do ajustamento institucional da profissão
de psicólogo. Esta finalidade os
Conselhos podem cumprir mediante
posicionamentos políticos variáveis,
em função dos seus integrantes (do
seu Plenário): mais ou menos democráticos,
com maior ou menor participação
da categoria, mais ou menos burocratizados
etc.
Em 1980, o CRP-06 sofreu uma inflexão
em seu curso. A gestão que ganhou
as eleições para o triênio 80/83
promoveu umas mudanças significativas,
nos métodos e nas práticas deste
Conselho. As atividades básicas de
orientação e fiscalização foram mantidas
mas, ao mesmo tempo, foram criadas
instâncias de participação para a
categoria: comissões, grupos de trabalho,
encontros e assembleias. O CRP-
06 passou a atuar buscando ser um órgão
representativo e organizativo da
categoria e não simplesmente um órgão
que fiscalizasse os psicólogos.
Erros foram cometidos, omissões
também. Muitos planos ficaram no papel.
0 peso da máquina burocrática do
Conselho muitas vezes se impôs. Mas
o trabalho realizado por esta gestão,
no sentido da participação da categoria,
desenvolveu-se e rendeu frutos.
Este trabalho pede uma continuidade.
Em 1980, na 6.a Região, eram
6.000 psicólogos, hoje são 18.000. A
categoria cresceu 300%, quase tanto
quanto a inflação. Multiplicaram-se
também os seus problemas: mercado
de trabalho reduzido, formação acadêmica
a cada dia mais deficiente, condições
inadequadas do exercício profissional
etc. Os psicólogos necessitam
um CRP atuante e aberto para a participação
da categoria para poder lutar,
em seu âmbito e dentro de sua especificidade,
pelo desenvolvimento da profissão
de psicólogo.
Atingimos a maioridade. Agora,
devemos garantir que os nossos órgãos
de classe não se distanciem da
categoria. É necessário continuar
avançando e impedir qualquer forma
de retrocesso nessa empreitada.
Collections
- CRP SP [255]