Jornada Bauruense pelos direitos humanos: educação, arte e comunicação
Área
DIREITOS HUMANOSDIREITOS HUMANOSProcesso
Processos de ComunicaçãoDate
2010-11Author
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - 6ª Região / Bauru
Metadata
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Jornada Bauruense pelos Direitos Humanos
POR UMA CIDADE MAIS JUSTA E HUMANIZADA
Os antigos gregos inventaram a politica, tal qual a entendemos no ocidente. Ela se constitui da atividade de pensar o poder, a organização da polis (cidade em grego) e a convivência no espaço público. Daí porque um significado profundo de cidadão evoca a ideia da dimensão pública de cada indivíduo. Em outras palavras, cidadania se expressa na atitude de pensar e agir coletivamente em torno de questões que envolvem a comunidade do bairro, o ambiente de trabalho, uma categoria profissional, enfim a coletividade urbana. Nesse sentido originário, portanto, cidadão era aquele que tinha tem em sua vida privada, a preocupação com a esfera pública: a cidade.
A cidade de Bauru vive um momento histórico especial e de grandes contradições. De um lado, uma conjuntura econômica favorável estimula investimentos privados no setor imobiliário, comercial e de educação, desenhando um crescimento acelerado da cidade com novos hotéis, centros de compras e negócios; e com milhares de carros novos nas ruas a cada ano. Entretanto, por outro lado, já convivemos com graves problemas sociais: falta de espaços públicos de lazer e cultura; violência crescente contra os mais vulneráveis, como as mulheres e idosos; favelas que surgem em contraste com condomínios luxuosos e com os terrenos baldios de especulação imobiliária; álcool e outras drogas vitimando principalmente nossas crianças e adolescentes; serviços de saúde longe de ser universalizados, problemas com lixo e esgoto etc. E ainda não superamos, na convivência urbana, preconceitos históricos como o social, racial e de gênero.
Por tudo isso, o contexto histórico nos convoca a sermos cidadãos. Não apenas para exigir nossos direitos pessoais ou cobrar, do poder público, a solução para os problemas que desumanizam nossa cidade. Mas para a cidadania ativa que se organiza em grupos e constrói soluções coletivas. Assim políticas públicas e movimentos sociais são duas frentes, que devem se articular, apesar de suas diferenças, necessárias para o avanço de um desenvolvimento urbano humanizado, ou seja, que inclua todos os habitantes da cidade.
A história contemporânea do Brasil tem apresentado exemplos de cidadania ativa, como é o caso do Movimento dos Sem Terra pela reforma agrária. Também no espaço urbano é hora de refletir criticamente sobre a realidade e projetar uma cidade mais humanizada, igualitária, onde todos possam ter acesso aos bens sociais, econômicos e culturais como: serviços de transporte, saúde, educação, cultura e lazer.
É este o principal objetivo da JORNADA BAURUENSE PELOS DIREITOS HUMANOS: EDUCAÇÃO, ARTE E COMUNICAÇÃO que desenvolverá – no período de 16 a 28 de novembro – palestras, debates, oficinas, vivências, programas de rádio e TV, apresentações artísticas, exposições e distribuição de livros, jornais e cartilhas para escolas e crianças. A Jornada vai proporcionar, em diferentes espaços da cidade e com distintos grupos da sociedade bauruense, experiências, atividades e reflexões nas quais os Direitos Humanos possam contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e solidária. ( Fonte: Unesp)
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