Romper a incabível prisão. 18 de maio, dia nacional da luta antimanicomial.
Área
DIREITOS HUMANOSProcesso
Processos de ComunicaçãoDate
2004-05-18Author
Conselho Federal de Psicologia
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - 6ª Região
Metadata
Show full item recordAbstract
Dia 18 de maio é a data nacional da luta contra os manicômios. É o dia de bradar aos quatro ventos que a loucura pode e deve ter o seu lugar no mundo, que as subjetividades individuais contribuem na construção do todo social e que a aceitação das diferenças, sejam elas de que níveis forem, faz parte do ideal de democracia e da esperança de um outro mundo possível. Dia 18 de maio é dia de reafirmar o compromisso com a causa antimanicomial, é o dia de reafirmar que não queremos mais hospícios em nosso país, já que esta é uma instituição retrógrada e ultrapassada, que não deve encontrar mais espaço nem respaldo em nossa realidade.
O movimento em prol da reforma psiquiátrica já alcançou algumas vitórias no Brasil. Já desospitalizou internos e reduziu o número de leitos em hospitais psiquiátricos. Mas há muito o que se fazer ainda. Dia Nacional da Luta Antimanicomial é dia de lembrar que quase 60 mil pessoas continuam presas em algum hospício brasileiro e que isto é inaceitável! Que muitos continuam morrendo nestes lugares e que este não é um destino justo. A esperança que mobilizou tantos brasileiros inclui o sonho de liberdade acalentado por tantos, há tantos anos. O Brasil de todos também precisa ser o Brasil dos portadores de sofrimento mental. A Lei 10.216 precisa ser transformada em realidade.
Do mesmo modo que o mundo aprendeu a conviver com os hansenianos, com os tuberculosos, cuja história relata episódios de rechaçamento social, agora é a vez da loucura encontrar seu lugar no mundo, e não mais no isolamento, que pode gerar ainda mais loucura, pois o homem, esteja ele em que condições esteja, é e sempre será um ser social.
No próximo dia 18 de maio, dê um grito pela liberdade…e, assim, como nos diz a canção, “seja lá como for, vai ter fim a infinita aflição. E o mundo vai ver uma flor brotar do impossível chão”.
FONTE: www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/05/280596.shtml.
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