dc.description.abstract | Editorial
O Conselho Regional de Psicologia
tem sido procurado, recentemente,
para expressar
sua posição frente ao atendimento
de pacientes de Aids. Não sobre qualquer situação relativa a este atendimento.
Mas especificamente sobre aquela em que o paciente
comprovadamente aidético, afirma
nas sessões terapêuticas que, de forma
deliberada, fará a propagação
da doença. O que deve fazer o profissional!
Garantir acima de tudo o
sigilo! Rompê-lo? Denunciar à policia?
Essas questões ficam acuradamente
conflitivas para nós, psicólogos,
pelo tipo mesmo de trabalho
que desenvolvemos. Não nos atendo
sempre às condições objetivas,
aos fatos reais, e, em geral, lidando
com a subjetividade, as fantasias,
os fatos psíquicos, somos conduzidos,
muitas vezes, a perceber a fala
do cliente, no limite entre o desejo
de "destruir o mundo", diante da
inevitabilidade de sua morte, e a
ação concreta de multiplicar parceiros
sexuais ou doar sangue em condições
precárias de controle, por
exemplo. Somos, a partir daí, muitas
vezes, conduzidos a, de um lado,
analisar e interpretar o desejo e,
de outro, colocar-nos diante da urgência,
de uma atitude nossa que
impeça outras atitudes do cliente
com consequências, previsivelmente,
nefastas.
Em meio a isso, o crivo ético ( Continua na versão digital) | pt_BR |