| dc.description.abstract | Editorial
FEBEM; do caos aparente à necessidade de repensar o cotidiano
Os últimos acontecimentos da FEBEM de que se têm notícia
parecem atestar a inviabilidade dessa instituição.
Um governo democrático e uma direção, como a atual, que
se propõe também democrática parecem não conseguir fazer
a FEBEM desviar-se da sina de ser um atendimento mal sucedido
à menoridade.
Não vamos, hoje ou aqui, retomar a questão de que, como
instituição social, a FEBEM foi criada e é praticada para
dar conta dos "frutos adversos" de um certo tipo de relações
sociais.
Já sabemos que o abandono e a infração de crianças e
adolescentes das classes populares são engendrados em ou- .
tro nível — no nível estrutural do conjunto da sociedade.
Já sabemos que a FEBEM existe, basicamente, para recluir
"resíduos non gratos" e não para resolver. Já sabemos
também que, por tudo isso, ela não consegue levar a bom
termo um problema que tem origem na ordem econômica e
política — na mesma ordem em que ela própria se origina.
Estamos considerando todos estes pré-supostos. Mas, no
momento, consideramos também, que é de pouca valia nos
apegarmos a eles, pois, no limite máximo, o que assim conseguiríamos
fazer seria apenas uma crítica esvaziada de busca
de outros rumos e de outras tentativas. ( Continua na versão digital) | pt_BR |
